sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Andar de ônibus ou carro em Niterói?

Eu sei que eu prometi no meu primeiro post a focar nas coisas boas de Niterói, mas no momento o que mais me vem a cabeça é esse calvário diário que enfrentamos para ir trabalhar, estudar ou mesmo passear em nossa cidade.

Para começar, eu não tenho carro. Até poderia pegar emprestado com meus pais, mas prefiro ir todos os dias de ônibus para o trabalho ou para a Pós-Graduação por causa do custo da gasolina. É muito cara! E olha que o governo federal está segurando artificialmente os preços dos combustíveis antes da eleição para poder conter a inflação, imagina depois!

Se você anda de ônibus, já sabe como é: lotado (enlatado?), quente, barulhento, e algumas vezes muito sujo (de ter até baratas!). Some isso ao engarrafamento sagrado de todos os dias e mais as pessoas sem educação (são tantas situações que nem me atrevo a tentar relatar todas aqui, mas mais comuns são os homens cretinos que roçam nas mulheres e os sem educação ouvindo música sem fone de ouvido) e você terá o cenário perfeito para imitar o personagem do Michael Douglas no filme "Um dia de Fúria"!

Mas ainda assim, eu resisto bravamente no coletivo nosso de cada dia porque eu tenho muito mais medo das coisas que vem acompanhadas da compra de um carro: financiamento e prestações intermináveis (2, 3, 5 anos pagando carro!), seguro (quem quer andar com carro novo sem seguro?), IPVA, flanelinhas (ah, esses eu acho que odeio mais do que tudo!), medo de bater e ter que se estressar com outro motorista, perda de 20% do valor do carro 0km logo assim que você sai da concessionária, ter que lavar carro (essa eu odeio também!), ter que fazer manutenção periódica (colocar água no radiador, chegar o nível de óleo, calibrar pneus, etc), preço abusivo da manutenção, encontrar um mecânico competente e que não tente te enrolar, pedágios... a lista é gigante!

Não é a tôa que os especialistas em finanças pessoais dizem que o carro próprio, ao lado da casa própria (essa também vale um post a parte), são o maior peso no orçamento das famílias, gerando estresse, fazendo as pessoas terem medo de serem demitidas e aceitando qualquer coisa abusiva vindo por parte de seus empregadores, gerando queda da qualidade de vida, que aumenta o estresse e alimenta esse círculo vicioso.

"O ônibus é ruim e estressante e o carro é muito caro e estressante!"

Por isso que eu penso o seguinte, quando chegar a hora em que se tornará absolutamente essencial que eu tenha um carro, eu vou optar por um carro usado, ou como as concessionárias e revendedoras preferem chamar, semininovo, com motor 1.0 (muito mais econômico!) e, se possível, com GNV (Gás Natural Veicular, para quem não sabe).

Se pelo menos 90% da frota de ônibus tivesse ar-condicionado e a porcaria das Barcas S/A funcionasse de madrugada, duvido que não teriam muito menos carros nas ruas. Mas a quem isso interessa, né? Nossos incríveis políticos, eleitos por nós, não andam de coletivo e os governos municipais, estaduais e o federal lucram muito com os impostos sobre os carros, as peças, combustível, serviços, etc. Enfim, não é fácil e é preciso ter bolas de ferro!

Te odeio!

Ônibus Niterói
Te amo!



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